terça-feira, 16 de março de 2010

Religião Grega


Ao contrario do Cristianismo, na mitologia e religião grega, o povo era politeísta, ou seja, acreditavam em vários deuses. Esse é um assunto bastante interessante, principalmente para os que são apaixonados por historia.
Pois bem, na Grécia Antiga, a crença se baseava em vários rituais e costumes, na qual eram feitos e destinados aos diversos deuses, que hoje fazem parte da mitologia grega, como Zeus, Apolo, Afrodite, Atena, Hermes, Poseidon, Hades, Dionísio, dentre tantos outros.
Atualmente, a grande parte da população grega é católica ortodoxa, porém, a crença e as antigas tradições construíram uma nova filosofia religiosa, pois elas deixaram marcas, e ainda fazem parte da cultura do povo.


Mito é uma narrativa maravilhosa com personagens sobre-humanos; pode ser apenas um relato fictício, uma história, ou então uma tentativa de explicar algum acontecimento ou fenômeno aparentemente inexplicável.


Religião é um sistema de crenças (geralmente míticas) e rituais (combinação de gestos, palavras e atitudes) através dos quais se procurava — e em nossos dias ainda se procura — algum tipo de relacionamento com as forças sobrenaturais (divindades).

Mito e religião, de um lado, e ciência, de outro, são apenas diferentes formas do homem explicar o mundo em que vive, e de obter algum tipo de controle sobre as forças da natureza de que depende para sobreviver. Mas, enquanto o mito e a religião são formas pré-racionais de entendimento do universo, a ciência considera todos os fenômenos naturais e passíveis de abordagem racional.

Na verdade, tanto a abordagem racional como a não-racional, isoladamente, descreve de forma incompleta a Natureza. Mesmo um cientista, por exemplo, ao contemplar uma paisagem, é capaz de descrever racionalmente as leis da Física envolvidas no fenômeno (como a refração e a difração da luz, entre outras), mas percebe a beleza da cena e suas cores de forma não-racional.


Rápido panorama da religião grega
A religião grega, bem conhecida a partir da época Arcaica, era publicamente centrada no culto aos deuses do Olimpo e aos heróis. Privadamente, cultuavam-se também os mortos e participava-se dos assim chamados cultos de mistério.
Pensava-se que os deuses interferiam diretamente nos assuntos humanos, e era necessário aplacá-los através de sacrifícios; o Asclépio, deus da Medicina, era costume sacrificar um galo, por exemplo. Os sacerdotes que auxiliavam os fiéis em suas preces e sacrifícios não constituíam o que hoje chamaríamos de 'clero': considerados servos do deus, administravam seus templos e santuários, e na comunidade eram tratados como simples cidadãos.
Festivais religiosos eram celebrados regularmente, para que toda a comunidade pudesse honrar o deus da cidade. As famosas Olimpíadas, por exemplo, eram festivais da cidade de Olímpia em honra a Zeus e aconteciam a cada quatro anos. Além das cerimônias religiosas de praxe, havia também concursos de poesia, competições atléticas e corridas de carros.
Os doze deuses olímpicos representavam basicamente o 'componente celeste' da religião grega, associado ao dia luminoso e claro; provavelmente, seu culto foi levado à Grécia pelas populações indo-européias que chegaram depois de -2000. O culto aos mortos e os cultos de mistério eram parte do 'componente ctônico', de origem Neolítica (anterior a -3000, portanto) e ligada à fertilidade da terra.


Mitos e Herois
Num contexto acadêmico, a palavra "mito" significa basicamente qualquer narrativa sacra e tradicional, seja verdadeira ou falsa. O sufixo "-logia", derivado do radical grego "logo", representa um campo de estudo sobre um assunto em particular. Com a junção de ambos os termos, "mitologia grega" seria, basicamente, o estudo dos mitos gregos, ou seja, os que fazem parte da cultura da Grécia.
Embora seja essa a convenção, os mitos gregos possuem uma abrangência de significado e valor complexa demais e que depende muito de cada cultura e tradição. Costumam ser compreendidas como narrativas falsas ou fantasiosas, literatura classica, mas também arquétipos presentes no inconsciente coletivo, como prefere Carl Gustav Jung, embora também sejam vistos como histórias que servem como guia de comportamento, para Malinowski, ou ainda narrativas sagradas, onde existe o culto dos seres, ou, finalmente, narrativas voltadas à linguagem, à expressão, ou mesmo à conceitos e categorias como acreditava Lévi-Strauss.
Para mais informações, dirija-se até as sub-seções: Concepções grego-romanas e Interpretações modernas. É importante ressaltar que, nesse artigo, as palavras "mitologia" e "mito" são usadas para as narrativas tradicionais e sagradas das culturas clássicas, sem qualquer implicação de que esta ou aquela seja verdadeira ou falsa.

Deuses Principais
Normalmente a lista dos 12 deuses olímpicos principais mais aceita é a abaixo, mas a lista varia um pouco e Héstia e Demetér, por exemplo, aparecem em algumas.

Zeus, deus dos deuses, do céu e do mundo dos vivos, senhor do Olimpo e dos raios;

Hera, esposa de Zeus, deusa do lar, protetora do casamento e do tempo (clima);

Poseídon, deus dos oceanos e mares;

Hades, deus do mundo inferior;

Atena, deusa da guerra justa, da justiça, da sabedoria;

Apolo, deus do Sol, das artes e das profecias;

Ártemis, deusa da luz da lua, da castidade e da caça noturna;

Afrodite, deusa do amor e da beleza;

Ares, deus da guerra;

Hefesto, deus do fogo e da metalurgia;

Hermes, o mensageiro de Zeus, protetor dos ladrões e comerciantes;

Dioníso, deus do teatro, do vinho e das festas.

Deuses menores
Deméter, deusa da agricultura;

Eros, deus do amor;

Héstia, deusa do fogo e da família;

Éolo, deus dos ventos;

Héracles, depois de morto, foi aceito entre os olímpicos tornando-se deus da força.

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