domingo, 10 de outubro de 2010

Eleições e Cinema


Parecem assuntos tão divergentes mas na verdade os dois nos levam a reflexão sobre o nosso dia a dia e nossas vidas, eu adoro cinema e política, e neste momento de decisão e de duvidas para alguns e de muita certeza para outros dou a sugestão de dois filmes sobre o assunto, Eleição Presencial, apesar do formato ser bem a ver com as eleições americanas os assuntos tratados tem tudo a ver com as nossas eleição e com o nosso país


Promessas de Um Cara de Pau
A eleição presidencial dos Estados Unidos é um assunto complicado. Diferentemente do que temos por aqui, a eleição por lá é indireta e, por isso, o candidato com o maior número de votos não é necessariamente aquele que sai das urnas como vencedor. Entram na jogada também o tamanho e a importância de cada Estado, que tem inclusive formas próprias de decidir quem vai apoiar. Outra grande diferença é que há por lá um bipartidarismo. Republicanos e Democratas se revezam no poder desde 1868 dando poucas ou nenhumas chances para partidos e candidatos independentes.
Se você não está entendendo nada e está completamente desinteressado, não se preocupe. Muitos dos americanos sentem a mesma coisa. Como o voto por lá não é obrigatório, não mais do que 60% das pessoas são aptas a votarem, e saírem de suas casas para opinar sobre quem eles julgam o melhor para governar seu país nos próximos quatro anos.
Em Promessas de um Cara de Pau, Kevin Costner interpreta Bud Johnson, um cidadão comum, que adora futebol-americano, cerveja, música country, as corridas de NASCAR e não tira seu boné da cabeça. No dia da eleição, ele está tão bêbado que não consegue chegar ao local de votação. Sua filha estava lá e decide votar no seu lugar, o que é obviamente ilegal. Na hora de confirmar o voto, porém, um problema elétrico faz com que o voto não seja computado. E, como você já deve estar imaginando, o destino do país fica nas mãos desse cara despreparado.
Há no filme duas críticas. A primeira ao americano médio, que é tratado como burro egoísta e extremamente deslumbrado. A outra é contra os políticos que farão de tudo para se aproveitar do jeito "simples" do caipirão acenando na sua cara com cervejas geladas, momentos com seus heróis ou até uma simples tarde de pescaria. O filme é um dedo-na-cara de políticos e seus marketeiros, que fazem de tudo pelo voto, até mudar as plataformas dos seus políticos, o que algumas pessoas podem chamar de "mentira de campanha", mas eu chamo apenas de "mentira" mesmo.

O Candidato Aloprado
Mas também é direcionada a população geral onde podemos ver que a escolha de um presidente é bem mais importante do que gosto e opiniões pessoais, é muito mais é com vemos e enxergamos uma nação e seu povo e seu futuro.

Este filme é uma comédia estrelada por Robin Williams que interpreta um comediante de nome Tom Dobbs que tem um programa de auditório e nele faz de maneira cômica duras criticas ao governo dos EUA, seus integrantes e principalmente sua forma de governar, que ostenta o luxo, o glamour e riquezas, esquecendo o foco principal de um governo democrático que é povo. Porém em um de seus programas Dobbs é surpreendido por uma pessoa na platéia que o pergunta por que ele não se candidatara a presidente dos EUA, no entanto ele fica sem graça disfarça e muda de assunto, mais daí veio a surpresa as outras pessoas que estavam na platéia foram contaminados pela ideia e os telespectadores também acharam a ideia bem interessante e o apoiaram, foi ai que Dobbs aceitou a proposta saiu em uma aventura interessante, lançou-se candidato a presidência dos Estados Unidos e por uma falha no sistema de votação acreditem, ele ganha, e desta forma se vê em uma situação como o próximo presidente de uma nação que enxerga nele as respostas de seus anseios e temor. E agora? O que fazer e como fazer? Ser mais um político ou ser diferente de todos eles?
Como o próprio Tom Dobbs diz Políticos são como fraldas, devem ser trocados sempre e pelo mesmo motivo”.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Mulher na Politica

Lugar de mulher é na política? As eleições se aproximam, e duas candidatas disputam a presidência. Pela primeira vez uma mulher tem chances reais de ocupar o cargo máximo da República. Engana-se, porém, quem pensa que “nunca antes na história deste país” as brasileiras se interessaram pela vida pública.
A luta de nossas avós começa no século XIX, um período, repleto de importantes transformações no cotidiano da população, também foi marcado por intensas tentativas de participação das mulheres nas discussões em favor de melhorias na sociedade. Sua arma? A pena, a escrita. No momento em que emergiam movimentos sociais como o socialismo e o sufragismo (campanha pela universalização do direito de voto), elas não usaram apenas a voz, mas, sobretudo, as palavras como instrumento de luta.
Uma das pioneiras foi Nísia Floresta (Imagem). Nascida na pequena localidade de Papari, no Rio Grande do Norte, casada contra a vontade aos 13 anos, logo abandonou o marido e, em 1832, já sustentava mãe e filhos com o salário de professora. Em 1832, publicou “Direitos das mulheres e injustiças dos homens”, artigo em que enfrentava os preconceitos da sociedade patriarcal, exigindo igualdade e educação para todas as mulheres.
Na segunda metade do século XIX assistiu também ao engajamento de muitas de nossas avós na luta pela abolição. Há inúmeros exemplos: Adelina, a charuteira, escrava do próprio pai, participou de inúmeros comícios abolicionistas em São Luís do Maranhão. Conhecedora dos meandros da cidade onde circulava para vender seus charutos, passou a ajudar os abolicionistas passando-lhes informações e articulando a fuga de escravos.
Já na republica foi fundado o Partido Republicano Feminino como sua primeira presidenta a feminista baiana Leolinda Daltro. A organização se propunha a promover a cooperação feminina para o progresso do país, combater a exploração relativa ao sexo e lutar pelo sufrágio universal.
Em 1930, começou a tramitar no Senado o projeto que garantiria o direito de voto às mulheres, mas com a revolução as atividades parlamentares foram suspensas. Depois da vitória das forças democráticas, foi nomeado um grupo de juristas encarregado de elaborar o novo código eleitoral. Entre eles estava Bertha Lutz, formada então em direito também. A Revolução Constitucionalista atrasou mais uma vez a aprovação do projeto. Só em fevereiro de 1932, Getúlio Vargas assinou o tão esperado direito de voto. Bertha elegeu-se deputada federal em 1936, mas antes em 1933 a Dra. Carlota Pereira de Queiroz (Foto)foi primeira mulher eleita deputada Federal pelo estado de São Paulo, seu mandato foi em defesa da mulher e da criança, alem disto publicou uma série de trabalho em defesa da mulher brasileira.
E este é um dos muitos exemplos da ação da mulher na política, muito antes da republica também vimos mulheres exercendo a função no poder executivo do Brasil como o caso da Imperatriz Maria Leopoldina esposa de Dom Pedro l, durante os períodos de viagens do marido pelo país e também a Princesa Isabel substituindo o Imperador Dom Pedro ll seu pai em dois momentos durante suas viagens para Europa e depois os Estados Unidos.
Hoje vereadoras , prefeitas, governadoras, deputadas e senadoras mostram para nós no seu dia a dia que lugar de mulher é na política sim.


Fontes:
- Revista História Viva
- D. pedro I - Isabel Lustosa
- As Barbas do Imperador - Lilia Schwarcz
- Wikipédia Brasil

terça-feira, 22 de junho de 2010

Game sobre os Presidentes do Brasil


O site Livro Clip cria game sobre os presidentes do Brasil

Divirta-se com os fatos do período republicano brasileiro. E aproveite para aprender sobre os movimentos sociais, os fatos políticos e o desenvolvimento econômico do País.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Apartheid Alienígena

Filmes de ficção científica costumam apresentar situações futuristas, em uma tentativa de prever o que acontecerá nas décadas, ou até séculos, vindouros. Muitas vezes como mero pretexto para gerar batalhas e situações de ação, de forma a capturar a atenção do espectador. Poucos são aqueles que voltam seus olhos não para o espaço, mas para a própria Terra e seus habitantes. Distrito 9 é uma destas exceções.

O contexto é inusitado: houve o esperado contato entre humanos e alienígenas, mas de uma forma inesperada para ambos. Uma gigantesca nave espacial repentinamente quebra sobre Joanesburgo, capital da África do Sul. O simples fato disto não ter acontecido em Nova York, Washington ou qualquer outra cidade americana é motivo de surpresa, gerando até mesmo uma rápida piada no filme. Após três meses de espera, os humanos invadem a nave e lá encontram milhões de alienígenas subnutridos, à beira da morte. Fica então a questão: conceitos humanitários devem ser aplicados a alienígenas? Até que ponto?

A escolha de Joanesburgo é simbólica pela resposta a esta pergunta. O tratamento dado aos alienígenas nada mais é do que uma adaptação do que aconteceu na própria África do Sul décadas atrás, no período do apartheid. A divisão extrema entre brancos e negros é aqui aplicada, com os extraterrestres sendo discriminados a um gueto chamado Distrito 9. Lá eles vivem em uma imensa favela horizontal, com pouquíssimas condições de saúde, higiene e alimentação. O foco apenas é transportado para a relação entre humanos e aliens, o que não elimina a questão. O fato dos envolvidos não pertencerem, originalmente, à Terra, é motivo suficiente para sua exploração? O tema gera polêmica no próprio filme, como se pode notar nas manifestações da população aos eventos ocorridos. E faz com que o espectador, em sua cadeira, pense no que aconteceria se uma situação do tipo fosse real.

Não seria muito diferente do exibido, provavelmente, pelo nosso histórico de dominação e exploração. A exposição desta constatação é o grande trunfo de Distrito 9: a humanidade mostrada em suas vísceras - em certas cenas, literalmente -, pelo seu lado moral e interesseiro. Cada deboche ou preconceito exibido é um lembrete do que somos capazes e do que já fizemos. O próprio desfecho, no qual um certo temor é apresentado, também é uma característica humana: a de muitas vezes apenas se render quando há uma ameaça maior por vir. Ou seja, sem a existência do medo e com a situação sob controle, o resultado é a exploração sem pensar em outras questões. Assim costuma ser o homem.

Além da mensagem passada, Distrito 9 chama a atenção pelo seu formato. O início é todo como um falso documentário, apresentando o histórico da situação e o contexto envolvidos. Entrevistas, cenas de bastidores, o famoso "edita isso" para gafes, exibições ao vivo... tudo está lá. O que dá um tom jornalístico muito interessante, retomado já em seus minutos finais, que passa também veracidade ao exibido. Além disto o filme conta com boas cenas de ação, em um ambiente futurista mas também bastante realista, sem grandes fantasias.

Fonte:
Adoro Cinema

terça-feira, 1 de junho de 2010

Censo 2010




Mais crianças nas escolas, mais gente que se diz negra ou branca, mais evangélicos e menos casamentos formais. O brasileiro teve renda diminuída, mesmo consumindo mais. As mulheres são maioria da população analfabeta e ao mesmo tempo, mais numerosa entre os mais instruídos. Estes são uma pequena parte dos números coletados porta a porta nas casas de 54.265.618 brasileiros. O Censo 2000 é um retrato da população. O cruzamento e análise dos dados representam a possibilidade de planejar o futuro do Brasil.
A primeira vez que se contou a população brasileira, foi em 1872, o Brasil ainda vivia em regime de Império. A partir de 1890, a cada dez anos são publicados números sobre demografia, natalidade, fecundidade, trabalho, família, domicílios, migração, raça e educação da população brasileira. Em 1910 e 1930, não foram realizadas as pesquisas devido a impedimentos políticos. Até 1936, o Censo era feito pela Direção Geral de Estatística, mas em 1940, o IBGE passou a realizar as pesquisas domiciliares.

A História do Censo
Os chineses e romanos elaboraram os primeiros censos conhecidos. A finalidade deste trabalho na época era militar e fiscal.O mais remoto censo que se tem notícia é o da China, que teria ocorrido em 2238 a.C., quando o imperador Yao mandou realizar um censo da população e das lavouras cultivadas. Há ainda registros de um censo realizado na época pouco anterior a de Moisés, cerca de 1700 a.C., e de que os egípcios faziam recenseamentos anualmente, no século XVI a.C.Na Antiga Roma era o censor que mantinha o moral público, e levava ao governo central as informações sobre o estado geral da população. Também temos realatos de Censo na Biblia, conta que José e Maria saíram de Nazaré, na Galiléia, para Belém, na Judéia, para responder ao Censo que o Imperador mandou realizar. Naquela época as pessoas tinham que ser entrevistadas no local de sua origem. Foi enquanto estavam na cidade que Jesus nasceu. A partir de 1790 nos Estados Unidos da América, por decisão do Congresso, foram decretados os recenseamentos de 10 em dez anos com fins políticos, procurando saber-se o número de deputados que se podia eleger em cada região, pois o número varia consoante a população. (Campanha do Censo 2010 nos Estados Unidos)

Censo no Brasil
No Brasil, o responsável pelos censos é o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), desde 1936, quando o instituto foi criado, realizando em média a cada dez anos o Censo Demográfico. O primeiro censo foi realizado no ano de 1872, seguido pelos de 1890, 1900 e 1920.
Os censos demográficos são planejados para serem executados nos anos de finais zero, ou seja, a cada dez anos. A não ser no anos de 1990 onde por um problema de planejamento e orçamento do governo o Censo atrasou e só foi realiazado no ano seguinte em 1991 (foto de um recenseador do Censo 1991). Desta forma o último censo realizado no Brasil foi no ano 2000, sendo que o próximo será este ano, 2010. No intervalo entre dois censos demográficos, realiza-se a contagem de população. Todavia, por questões orçamentárias e financeiras, a contagem planejada para 2005 só foi concretizada em 2007, realizando-se simultaneamente ao Censo Agropecuário.
Fontes
- IBGE
- Jornal Correio Braziliense
- Jornal O Estado de São Paulo

terça-feira, 25 de maio de 2010

Primeira Eleição para Presidente


Dilma, Serra, Marina, começa a chamada corrida eleitoral, disputa de interesses, poder para quem vai ter o privilégio, a honra e o compromisso de comandar o Brasil. Mas que pouco se sabem é como foi o primeiro processo eleitoral para presidente. O marechal Manuel Deodoro da Fonseca,(foto) proclamador da República era o chefe do Governo Provisório desde 15 de novembro de 1889. A Constituição de 1891 determinava que o Presidente da República fosse eleito diretamente pelo povo, mas nas disposições transitórias previam que, para o primeiro período presidencial, o Presidente fosse eleito pelo Congresso Constituinte, logo após promulgada a Constituição. Tal dispositivo já fora previsto no art. 62 do chamado "Regulamento alvim", o Decreto de 23 de junho de 1890, que dispunha: "Aos cidadãos eleitos para o primeiro Congresso, entendem-se conferidos poderes especiais para exprimir a vontade nacional acerca da Constituição publicada pelo Decreto nº 510, de 22 de junho do corrente, bem como para eleger o primeiro presidente e o vice-presidente da República".


Desta forma foi decidido que a eleição ocorreria no dia 25 de fevereiro de 1891 e para tanto estava aberta as iscrições para se candidatar a Presidente e Vice da Republica, observa-se que a eleição para Vice era separa do de Presidente desta forma poderia acontecer que os dois eleitos na verdade fossem inimigos politicos, diferente do que acontece hoje quando os dois fazem parte de uma chapa de composição.
Apresentaram-se os seguintes candidatos a Presidente: o marechal Manuel Deodoro da Fonseca, que ja era chefe do Governo Provisório, o senador Prudente José de Morais e Barros, este que viria ser o terceiro presidente da republica e o primeiro civil, representando o Partido Republicano Paulista e o marechal Floriano Vieira Peixoto, que disputou também a vice-presidência, também como vice os republicano histórico Joaquim Saldanha Marinho, José Higino Duarte Pereira e Eduardo Wandenkolk
Foram realizadas eleições para presidente e vice-presidente da República. Marechal Floriano Peixoto ( foto) disputou os dois cargos. Teve apenas três votos para presidente, mas conseguiu se eleger vice-presidente.

Marechal Deodoro da Fonseca, conseguiu uma boa margem em relação ao segundo colocado. Deodoro teve 32 votos a mais que Prudente de Morais .







Resultado da eleição para presidente da República:
1º - Marechal Deodoro da Fonseca - 129 votos
2º - Prudente de Morais - 97 votos (foto)
3º - Marechal Floriano Peixoto - 3 votos
4º - Joaquim Saldanha Marinho - 2 votos
5º - José Higino Duarte Pereira - 1 voto
Votos em branco - 2 votos

Resultado da eleição para vice-presidente da República:
1º - Marechal Floriano Peixoto - 153 votos
2º - Eduardo Wandenkolk – 32 votos
Votos em Branco - 49

terça-feira, 11 de maio de 2010

A Primeira Seleção de Futebol

Seleção Brasileira de 1914 escalação da primeira seleção brasileira: Marcos de Mendonça (Fluminense), Píndaro (Flamengo) e Nery (Flamengo); Lagreca (AA São Bento), Rubens Salles (Paulistano) e Rolando (Botafogo); Abelardo (Botafogo), Oswaldo Gomes (Fluminense), Friedenreich (Ypiranga), Osman (América) e Formiga (Ypiranga).

Hoje ficamos todos aflitos curiosos ansiosos para saber qual é a seleção da cabeça do técnico Dunga, mas sempre foi assim sempre teve um momento em que escalava a seleção dos “melhores” jogadores de futebol para representar o Brasil mesmo muito antes da existência da Copa do mundo. A Seleção Brasileira foi formada pela primeira vez em 20 de agosto de 1914. Fez seu primeiro jogo contra o Exeter City da Inglaterra, no campo do Fluminense, em 27 de julho daquele ano. Vitória para os brasileiros por 2 a 0, com o primeiro gol sendo marcado por Oswaldo Gomes,ou seja ele foi o primeiro jogador a marcar um gol pela seleção brasileira sendo ele do Fluminense. Mas a equipe jogou ainda naquele ano, em dois jogos contra a equipe da Argentina, sendo um amistoso em 20 de setembro e outro oficialmente valendo a Copa Roca em 27 de setembro. Esta competição visava aproximar mais estes dois países, em que acabou vencendo por 1 a 0 em Buenos Aires gol de Rubens Salles consagrando-se campeã do torneio, sendo esse o primeiro de vários títulos conquistados pela seleção brasileira.
O primeiro título relevante conquistado pela Seleção Brasileira foi o Campeonato Sul-Americano de 1919, atual Copa América, com Friedenreich marcando o gol do título sobre o Uruguai, no Estádio das Laranjeiras (foto) construído pelo Fluminense para esta ocasião, já que o governo brasileiro não tinha o dinheiro para financiar este evento internacional. Em 1922, o Fluminense ampliou o seu estádio e a Seleção Brasileira conquistou o segundo título relevante de sua história, o bicampeonato do Sul Americano de Seleções.
O Brasil é a única nação a ter se classificado para todas as edições da Copa do Mundo. Contudo, as participações iniciais do país estavam longe de serem bem sucedidas. Isso se deve à disputa interna do futebol brasileiro sobre o profissionalismo. Esse fato fez com que a Confederação Brasileira de Futebol fosse incapaz de convocar times com a força total. Em particular, disputas entre as federações estaduais de São Paulo e do Rio de Janeiro (as duas mais importantes da época) significavam que a seleção seria composta por jogadores vindos de apenas uma das federações. Tanto na Copa de 1930, quando Preguinho marcou o primeiro gol da história da Seleção Brasileira em Copas do Mundo, na estréia contra a Iugoslávia, em que o Brasil perdeu por 2 a 1, quanto na de 1934, o Brasil foi eliminado logo na primeira fase, mas 1938 era um sinal do que viria, uma vez que o Brasil terminou em um bom terceiro lugar, com Leônidas da Silva fazendo história e sendo o primeiro jogador a marcar quatro gols em uma única partida de Copa do Mundo.
O Brasil sediou a Copa do Mundo de 1950, que foi o primeiro torneio a acontecer depois da II Guerra Mundial, a única no Brasil. O torneio de 1950 foi único por não ter uma única final, mas ao invés disso, um quadrangular final; contudo, para todos os fins o jogo decisivo entre Brasil e Uruguai serviu como "final" do torneio. A partida foi jogada no estádio do Maracanã no Rio de Janeiro (então capital do país), assistida por algo em torno de 200.000 pessoas, e o Brasil apenas precisando de um empate para ser campeão, acabou perdendo por 2 a 1 de virada; essa partida desde então ficou conhecida na América do Sul como o Maracanazo.
Fontes:
Gazeta Esportiva
Jornal Estado de São Paulo
Revista Placar

terça-feira, 27 de abril de 2010

Islândia: Que País é Este?

As erupções se intensificaram no vulcão localizado sob a geleira Eyjafjallajoekull, na Islândia, e os distúrbios causados pela fumaça ao tráfego aéreo em diversos países da Europa, impactando conexões em todo o mundo, podem durar até dois dias, dependendo de como a coluna de cinzas vulcânicas evoluir, informou o Eurocontrol, órgão europeu encarregado da segurança aérea. ( Fonte: Folha de São Paulo)

Nós vemos nos ultima semana um vulcão soltando uma enorme fumaça a ponto de paralisar toda a frota aérea do norte da Europa, este vulcão esta especificamente localizada na Islândia, mas que país é este chamado de Terra de Gelo, ou seja, Islândia.

Geografia física
A Islândia tem cerca de seis mil quilômetros de litoral, com abundância de fiordes (penetrações do mar sobre antigos vales glaciais da costa). O território se constitui de um planalto com altitude média de 500m. Mais de 200 vulcões, utilizados como fontes geotérmicas para calefação doméstica, e cerca de cem geleiras cobrem aproximadamente um oitavo do território. O vulcão mais importante é o Hekla, com 1.491m de altitude. Apesar da elevada latitude da ilha, o clima não é hostil no litoral oeste, devido à influência da corrente marítima quente do golfo do México. No resto do país, o clima é frio. Nos meses de maio e junho, o sol ilumina o país durante o dia e a noite. O maior dos rios da Islândia é o Thjörsá e existe ainda grande número de pequeno lagos.


A vegetação é paupérrima, formada principalmente de musgos e liquens. A fauna, de escassos mamíferos, é rica em pássaros marinhos nos penhascos e apresenta falcões e águias nas montanhas. Nos rios e lagos há salmões e trutas. Entre os peixes e crustáceos de água salgada abundam o arenque, bacalhau, camarão e lagosta.



População
A metade dos islandeses de um total de 405.000 habitantes se concentra na capital, Reikjavik. A população se caracteriza pela homogeneidade étnica: aproximadamente oitenta por cento dos habitantes descende de noruegueses. Os restantes descendem de escoceses e irlandeses. O idioma oficial é o islandês, derivado do antigo escandinavo dos séculos IX e X. Ao longo do século XX registrou-se um pronunciado êxodo rural e emigração para o Canadá e os Estados Unidos.

Maiores Cidades
Reykjavík - 119.848 hab
Kópavogur - 29.957 hab
Hafnarfjörður - 25.837 hab
Akureyri - 17.522 hab
Garðabær - 10.358 hab

História
Os primeiros assentamentos humanos na ilha deram-se com eremitas irlandeses, no princípio do século IX da era cristã. Segundo fontes historiográficas medievais, esses colonos fugiam dos viquingues procedentes da Noruega, os quais, liderados por Ingólfr Arnarson, estabeleceram-se no ano 874 no local onde mais tarde se ergueria Reikjavik. No ano 930, os islandeses constituíram seu primeiro Parlamento nacional, (Considerado até hoje o Parlamento mais antigo do mundo ) o Althing, que favoreceu a ação missionária dos cristãos. No século X toda a população se havia convertido ao cristianismo.
Em conseqüência de uma guerra civil travada entre 1262 e 1264, os nobres islandeses aceitaram a soberania norueguesa e, posteriormente, em 1380, com a união da Dinamarca com a Noruega, o governo da Islândia passou a ser exercido pelos dinamarqueses. Durante os 400 anos que se seguiram, a ilha viveu uma constante decadência econômica e política, devido tanto ao desgaste das melhores terras de criação de gado, quanto à cobiça dos governantes dinamarqueses. Nesse período, Cristiano III, rei da Dinamarca, impôs a religião luterana. Um férreo controle econômico, com a implantação do monopólio comercial real, foi estabelecido em 1602. Com o fim desse monopólio, em 1787, iniciou-se a recuperação econômica da Islândia.
Durante o século XIX, surgiu um movimento de independência encabeçado por Jón Sigurdhsson. Em 1874, Cristiano IX da Dinamarca permitiu que a Islândia tivesse sua própria constituição, e em 1904 o país conseguiu formar um governo autônomo nacional em Reikjavik. Pouco depois, em 1918, a Islândia se tornava independente, ligada à Dinamarca apenas pela monarquia e a política exterior comuns. Durante a ocupação alemã da Dinamarca, na segunda guerra mundial, as tropas britânicas e americanas se estabeleceram na Islândia, utilizando-a como base estratégica.
Em 1944, o Parlamento proclamou a república e rompeu todos os laços formais com a Dinamarca. O principal problema da Islândia independente originou-se da decisão do governo de estender, para efeito de pesca, suas águas territoriais de três milhas em 1950 para 200 milhas em 1975. Essa ampliação foi motivo de conflito com o Reino Unido e outros países, entre as décadas de 1950 e 1960.
De acordo com a constituição de 1944, o poder executivo cabe ao presidente da república, eleito por voto popular para um período de quatro anos. O poder legislativo é exercido conjuntamente pelo presidente e pelo Parlamento (Althing), que em 1991 deixou de ser bicameral e passou a contar com apenas uma câmara, de 63 membros.
Fontes:
Escola Brasil
Wikipédia
Jornal Folha de Folha de São Paulo
Jornal O Estado de São Paulo

domingo, 25 de abril de 2010

Os Primórdios Uma Nova Capital - O Inicio de Brasilia



Quem acha que a história do Distrito Federal começa em 21 de abril de 1960, engana-se. Desde o tempo do Brasil colônia já havia a idéia de interiorizar a capital. Entre os objetivos estava o de dificultar as invasões por mar.
O primeiro passo, para sua concretização, na construção de uma nova capital, começou com a Expedição Exploradora do Planalto Central (1892-93), a pedido do Governo Provisório Republicano de Floriano Peixoto. Para a chefia desta expedição que constava de 22 homens foi designado o engenheiro, astrônomo e ex-militar Luiz Cruls (1848-1908), diretor do Observatório Nacional .
Um outro astrônomo do Observatório também seguiu na missão, Henrique Morize, que realizou a maioria das fotografias. No planalto central foi demarcado um quadrilátero de 14.000 m2, utilizando as coordenadas geográficas a partir da determinação da altura das estrelas com o uso de teodolitos.
Essa empreitada que duraram sete meses, passando por regiões totalmente desconhecidas e onde foi feito também o levantamento da fauna e da flora.
Para determinação dos vértices do quadrilátero, que incluía como medidas de comprimento até o passo das mulas. Pela complexidade da expedição uma oficina mecânica, desmontada, foi carregada em lombo de mulas.

Há nove quilômetros de Planaltina, no Morro do Centenário, está fincada a pedra fundamental de construção da Capital da República. O monumento, erguido em 1922, a mando do presidente Epitácio Pessoa, marca o centro geográfico da América do Sul. É composto por 33 pedras de concreto, que representam os 33 primeiros anos da República (de 1889 a 1922). Para inaugurá-lo, no dia 7 de setembro de 1922, o então presidente e a comitiva vieram do Rio de Janeiro em 15 caminhões. Sessenta anos depois, em 1982, o Governo do Distrito Federal decretou o tombamento provisório da Pedra Fundamental.
É lógico que a história da mudança da capital brasileira do Litoral (Rio de Janeiro) para o interior do País desagradou a algumas pessoas, assim como outras iniciativas de Luiz Cruls.
A demarcação de um sítio de 14.000 quilômetros quadrados no Planalto Central foi determinada no Artigo 3º da Constituição de 1891, com o objetivo de estabelecer o futuro da capital brasileira. Eles viajaram por via férrea até Uberlândia, de onde prosseguiram a pé ou no lombo de animais rumo ao Centro-Oeste, com equipamentos que chegavam a pesar 9.460 quilos. O levantamento minucioso foi feito em sete meses, considerando topografia, clima, hidrologia, fauna, pedologia, recursos minerais e materiais de construção existentes na região.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Origem do Futebol


Embora não se tenha muita certeza sobre os primórdios do futebol, historiadores descobriram vestígios dos jogos de bola em várias culturas antigas. Estes jogos de bola ainda não eram o futebol, pois não havia a definição de regras como há hoje, porém demonstram o interesse do homem por este tipo de esporte desde os tempos antigos.
O futebol tornou-se tão popular graças a seu jeito simples de jogar. Basta uma bola, equipes de jogadores e as traves, para que, em qualquer espaço, crianças e adultos possam se divertir com o futebol. Na rua, na escola, no clube, no campinho do bairro ou até mesmo no quintal de casa, desde cedo jovens de vários cantos do mundo começam a praticar o futebol.


Origens do futebol na China AntigaNa China Antiga


, por volta de 3000 a.C, os militares chineses praticavam um jogo que na verdade era um treino militar. Após as guerras, formavam equipes para chutar a cabeça dos soldados inimigos. Com o tempo, as cabeças dos inimigos foram sendo substituídas por bolas de couro revestidas com cabelo. Formavam-se duas equipes com oito jogadores e o objetivo era passar a bola de pé em pé sem deixar cair no chão, levando-a para dentro de duas estacas fincadas no campo. Estas estacas eram ligadas por um fio de cera.


Origens do futebol no Japão Antigo


No Japão Antigo, foi criado um esporte muito parecido com o futebol atual, porém se chamava Kemari. Praticado por integrantes da corte do imperador japonês, o kemari acontecia num campo de aproximadamente 200 metros quadrados. A bola era feita de fibras de bambu e entre as regras, o contato físico era proibido entre os 16 jogadores (8 para cada equipe). Historiadores do futebol encontraram relatos que confirmam o acontecimento de jogos entre equipes chinesas e japonesas na antiguidade.


Origens do futebol na Grécia e Roma


Os gregos criaram um jogo por volta do século I a.C que se chamava Episkiros. Neste jogo, soldados gregos dividiam-se em duas equipes de nove jogadores cada e jogavam num terreno de formato retangular. Na cidade grega de Esparta, os jogadores, também militares, usavam uma bola feita de bexiga de boi cheia de areia ou terra. O campo onde se realizavam as partidas, em Esparta, era bem grande, pois as equipes eram formadas por quinze jogadores. Quando os romanos dominaram a Grécia, entraram em contato com a cultura grega e acabaram assimilando o Episkiros, porém o jogo tomou uma conotação muito mais violenta.


O futebol na Idade Média


Há relatos de um esporte muito parecido com o futebol, embora usava-se muito a violência. O Soule ou Harpastum era praticado na Idade Média por militares que dividiam-se em duas equipes : atacantes e defensores. Era permitido usar socos, pontapés, rasteiras e outros golpes violentos. Há relatos que mostram a morte de alguns jogadores durante a partida. Cada equipe era formada por 27 jogadores, onde grupos tinham funções diferentes no time: corredores, dianteiros, sacadores e guarda-redes.
Na Itália Medieval apareceu um jogo denominado gioco del calcio. Era praticado em praças e os 27 jogadores de cada equipe deveriam levar a bola até os dois postes que ficavam nos dois cantos extremos da praça. A violência era muito comum, pois os participantes levavam para campo seus problemas causados, principalmente por questões sociais típicas da época medieval. O barulho, a desorganização e a violência eram tão grandes que o rei Eduardo II teve que decretar uma lei proibindo a prática do jogo, condenando a prisão os praticantes. Porém, o jogo não terminou, pois integrantes da nobreza criaram um nova versão dele com regras que não permitiam a violência. Nesta nova versão, cerca de doze juízes deveriam fazer cumprir as regras do jogo.

O futebol chega à Inglaterra


Pesquisadores concluíram que o gioco de calcio saiu da Itália e chegou a Inglaterra por volta do século XVII. Na Inglaterra, o jogo ganhou regras diferentes e foi organizado e sistematizado. O campo deveria medir 120 por 180 metros e nas duas pontas seriam instalados dois arcos retangulares chamados de gol. A bola era de couro e enchida com ar. Com regras claras e objetivas, o futebol começou a ser praticado por estudantes e filhos da nobreza inglesa. Aos poucos foi se popularizando. No ano de 1848, numa conferência em Cambridge, estabeleceu-se um único código de regras para o futebol. No ano de 1871 foi criada a figura do guarda-redes (goleiro) que seria o único que poderia colocar as mãos na bola e deveria ficar próximo ao gol para evitar a entrada da bola. Em 1875, foi estabelecida a regra do tempo de 90 minutos e em 1891 foi estabelecido o pênalti, para punir a falta dentro da área. Somente em 1907 foi estabelecida a regra do impedimento.

O Primeiro Clube
O mais antigo clube de futebol, o Notts County, apareceu em 1862, um ano antes da formação da Football Association, que pegou como base o regulamento de Cambridge. Neste mesmo ano, Escócia e Inglaterra empataram por 0 a 0 no primeiro jogo internacional. Pouco antes de se profissionalizar, o futebol viu seu primeiro torneio internacional: a Copa Interbritânica. Finalmente, em 1885, iniciava-se o profissionalismo no futebol. No ano seguinte era criado o International Board, entidade encarregada de fixar e eventualmente mudar as regras do jogo. Em 1897, um time inglês chamado Corinthians fazia sua primeira excursão fora da Europa, ficando uma temporada na África do Sul. Para organizar campeonatos, fundou-se em 1888 a Football League.


Curiosidades


- As redes não são obrigatórias! Elas são utilizadas por puro bom senso.
- Se um assistente (bandeirinha) não estiver atuando corretamente, o árbitro pode expulsá-lo;
- Se o jogo se encerrar cinco minutos ou mais antes dos 45 minutos regulamentes, os jogadores deverão retornar ao gramado para disputar os minutos restantes;
- Se um jogador for expulso antes do apito de início de jogo, ele pode ser substituído;
- Se um jogador cobrar um tiro de meta ou um tiro direto para seu próprio gol e a bola entrar, é escanteio e não gol;
- Se um jogador, na hora da cobrança do pênalti, der um toquinho para frente, o companheiro vier correndo e completar o lance para dentro do gol, o tento é válido. No entanto, se o toque for para trás, a cobrança é repetida;
- Se o árbitro mandar repetir uma cobrança de penalidade, o jogador que fez a primeira cobrança pode ser substituído;
- Na Copa da Turquia 92/93, o Galatasaray foi eliminado pelo Genclrbiligi após 34 cobranças de pênaltis. O placar final foi 17 a 16.


( Fonte Gazeta Esportiva )

quarta-feira, 17 de março de 2010

Capitanias Hereditárias

Introdução
Logo após o descobrimento do Brasil (1500), a coroa portuguesa começou a temer invasões estrangeiras no território brasileiro. Esse temor era real, pois corsários e piratas ingleses, franceses e holandeses viviam saqueando as riquezas da terra recém descoberta. Era necessário colonizar o Brasil e administrar de forma eficiente.
Formação das Capitanias Hereditárias
Entre os anos de 1534 e 1536, o rei de Portugal D. João III resolveu dividir a terra brasileira em faixas, que partiam do litoral até a linha imaginária do Tratado de Tordesilhas. Estas enormes faixas de terras, conhecidas como Capitanias Hereditárias, foram doadas para nobres e pessoas de confiança do rei. Estes que recebiam as terras, chamados de donatários, tinham a função de administrar, colonizar, proteger e desenvolver a região. Cabia também aos donatários combater os índios de tribos que tentavam resistir à ocupação do território. Em troca destes serviços, além das terras, os donatários recebiam algumas regalias, como a permissão de explorar as riquezas minerais e vegetais da região.Estes territórios seriam transmitidos de forma hereditária, ou seja, passariam de pai para filho. Fato que explica o nome deste sistema administrativo. As dificuldades de administração das capitanias eram inúmeras. A distância de Portugal, os ataques indígenas, a falta de recursos e a extensão territorial dificultaram muito a implantação do sistema. Com exceção das capitanias de Pernambuco e São Vicente, todas acabaram fracassando. Desta forma, em 1549, o rei de Portugal criou um novo sistema administrativo para o Brasil: o Governo-Geral. Este seria mais centralizador, cabendo ao governador geral as funções antes atribuídas aos donatários. Embora tenha vigorado por pouco tempo, o sistema das Capitanias Hereditárias deixou marcas profundas na divisão de terra do Brasil. A distribuição desigual das terras gerou posteriormente os latifúndios, causando uma desigualdade no campo. Atualmente, muitos não possuem terras, enquanto poucos possuem grandes propriedades rurais.

Tratado de Tordesilhas
O Tratado de Tordesilhas, assinado na povoação castelhana de Tordesilhas em 7 de Junho de 1494, foi um tratado celebrado entre o Reino de Portugal e o recém-formado Reino da Espanha] para dividir as terras "descobertas e por descobrir" por ambas as Coroas fora da Europa. Este tratado surgiu na sequência da contestação portuguesa às pretensões da Coroa espanhola resultantes da viagem de Cristóvão Colombo, que ano e meio antes chegara ao chamado Novo Mundo, reclamando-o oficialmente para Isabel a Católica. O tratado definia como linha de demarcação o meridiano 370 léguas a oeste da ilha de Santo Antão no arquipélago de Cabo Verde. Esta linha estava situada a meio-caminho entre estas ilhas (então portuguesas) e as ilhas das Caraíbas descobertas por Colombo, no tratado referidas como "Cipango" e Antília. Os territórios a leste deste meridiano pertenceriam a Portugal e os territórios a oeste, à Espanha. O tratado foi ratificado pela Espanha a 2 de Julho e por Portugal a 5 de Setembro de 1494.
Algumas décadas mais tarde, na sequência da chamada "questão das Molucas", o outro lado da Terra seria dividido, assumindo como linha de demarcação, a leste, o antimeridiano correspondente ao meridiano de Tordesilhas, pelo Tratado de Saragoça, a 22 de Abril de 1529
A administração das capitanias
O donatário constituía-se na autoridade máxima dentro da própria capitania, tendo o compromisso de desenvolvê-la com recursos próprios, embora não fosse o seu proprietário.
O vínculo jurídico entre o rei de Portugal e cada donatário era estabelecido em dois documentos: a Carta de Doação, que conferia a posse, e a Carta Foral que determinava direitos e deveres.
Pela primeira, o donatário recebia a posse da terra, podendo transmiti-la aos filhos, mas não vendê-la. Recebia também uma sesmaria de dez léguas de costa. Devia fundar vilas,distribuir terras a quem desejasse cultivá-las, construir engenhos. O donatário exercia plena autoridade no campo judicial e administrativo para nomear funcionários e aplicar a justiça, podendo até decretar a pena de morte para escravos, índios e homens livres. Adquiria alguns direitos: isenção de taxas, venda de escravos índios e recebimento de parte das rendas devidas à Coroa. Podia escravizar os indígenas, obrigando-os a trabalhar na lavoura ou enviá-los como escravos a Portugal até o limite de 30 por ano.
A Carta Foral tratava, principalmente, dos tributos a serem pagos pelos colonos. Definia ainda, o que pertencia à Coroa e ao donatário. Se descobertos metais e pedras preciosas, 20% seriam da Coroa e, ao donatário caberiam 10% dos produtos do solo. A Coroa detinha o monopólio do comércio do pau-brasil e de especiarias. O donatário podia doar sesmarias aos cristãos que pudessem colonizá-las e defendê-las, tornando-se assim colonos.
Resultado
Apesar de tantas especificidades e regras de funcionamento, o sistema de capitanias hereditárias acabou não alcançando os resultados esperados. A falta de apoio econômico do governo, a inexperiência de alguns donatários, as dificuldades de comunicação e locomoção, e a hostilidade dos indígenas dificultaram bastante a execução deste projeto. Com o passar do tempo, muito donatários abriram mão do privilégio e outros nem mesmo reuniram recursos para atravessar o Atlântico e formalizar a posse.As capitanias de São Vicente e Pernambuco foram as únicas que conseguiram prosperar e superar as dificuldades da época. A explicação dada para esses dois casos se encontra nos lucros obtidos com a instalação da indústria açucareira nestas regiões. Posteriormente, os portugueses decidiram centralizar o modelo político-administrativo do território com a implantação do Governo-geral. Somente em 1759, as capitanias hereditárias desapareceram com a ação do ministro Marquês de Pombal.

terça-feira, 16 de março de 2010

Religião Grega


Ao contrario do Cristianismo, na mitologia e religião grega, o povo era politeísta, ou seja, acreditavam em vários deuses. Esse é um assunto bastante interessante, principalmente para os que são apaixonados por historia.
Pois bem, na Grécia Antiga, a crença se baseava em vários rituais e costumes, na qual eram feitos e destinados aos diversos deuses, que hoje fazem parte da mitologia grega, como Zeus, Apolo, Afrodite, Atena, Hermes, Poseidon, Hades, Dionísio, dentre tantos outros.
Atualmente, a grande parte da população grega é católica ortodoxa, porém, a crença e as antigas tradições construíram uma nova filosofia religiosa, pois elas deixaram marcas, e ainda fazem parte da cultura do povo.


Mito é uma narrativa maravilhosa com personagens sobre-humanos; pode ser apenas um relato fictício, uma história, ou então uma tentativa de explicar algum acontecimento ou fenômeno aparentemente inexplicável.


Religião é um sistema de crenças (geralmente míticas) e rituais (combinação de gestos, palavras e atitudes) através dos quais se procurava — e em nossos dias ainda se procura — algum tipo de relacionamento com as forças sobrenaturais (divindades).

Mito e religião, de um lado, e ciência, de outro, são apenas diferentes formas do homem explicar o mundo em que vive, e de obter algum tipo de controle sobre as forças da natureza de que depende para sobreviver. Mas, enquanto o mito e a religião são formas pré-racionais de entendimento do universo, a ciência considera todos os fenômenos naturais e passíveis de abordagem racional.

Na verdade, tanto a abordagem racional como a não-racional, isoladamente, descreve de forma incompleta a Natureza. Mesmo um cientista, por exemplo, ao contemplar uma paisagem, é capaz de descrever racionalmente as leis da Física envolvidas no fenômeno (como a refração e a difração da luz, entre outras), mas percebe a beleza da cena e suas cores de forma não-racional.


Rápido panorama da religião grega
A religião grega, bem conhecida a partir da época Arcaica, era publicamente centrada no culto aos deuses do Olimpo e aos heróis. Privadamente, cultuavam-se também os mortos e participava-se dos assim chamados cultos de mistério.
Pensava-se que os deuses interferiam diretamente nos assuntos humanos, e era necessário aplacá-los através de sacrifícios; o Asclépio, deus da Medicina, era costume sacrificar um galo, por exemplo. Os sacerdotes que auxiliavam os fiéis em suas preces e sacrifícios não constituíam o que hoje chamaríamos de 'clero': considerados servos do deus, administravam seus templos e santuários, e na comunidade eram tratados como simples cidadãos.
Festivais religiosos eram celebrados regularmente, para que toda a comunidade pudesse honrar o deus da cidade. As famosas Olimpíadas, por exemplo, eram festivais da cidade de Olímpia em honra a Zeus e aconteciam a cada quatro anos. Além das cerimônias religiosas de praxe, havia também concursos de poesia, competições atléticas e corridas de carros.
Os doze deuses olímpicos representavam basicamente o 'componente celeste' da religião grega, associado ao dia luminoso e claro; provavelmente, seu culto foi levado à Grécia pelas populações indo-européias que chegaram depois de -2000. O culto aos mortos e os cultos de mistério eram parte do 'componente ctônico', de origem Neolítica (anterior a -3000, portanto) e ligada à fertilidade da terra.


Mitos e Herois
Num contexto acadêmico, a palavra "mito" significa basicamente qualquer narrativa sacra e tradicional, seja verdadeira ou falsa. O sufixo "-logia", derivado do radical grego "logo", representa um campo de estudo sobre um assunto em particular. Com a junção de ambos os termos, "mitologia grega" seria, basicamente, o estudo dos mitos gregos, ou seja, os que fazem parte da cultura da Grécia.
Embora seja essa a convenção, os mitos gregos possuem uma abrangência de significado e valor complexa demais e que depende muito de cada cultura e tradição. Costumam ser compreendidas como narrativas falsas ou fantasiosas, literatura classica, mas também arquétipos presentes no inconsciente coletivo, como prefere Carl Gustav Jung, embora também sejam vistos como histórias que servem como guia de comportamento, para Malinowski, ou ainda narrativas sagradas, onde existe o culto dos seres, ou, finalmente, narrativas voltadas à linguagem, à expressão, ou mesmo à conceitos e categorias como acreditava Lévi-Strauss.
Para mais informações, dirija-se até as sub-seções: Concepções grego-romanas e Interpretações modernas. É importante ressaltar que, nesse artigo, as palavras "mitologia" e "mito" são usadas para as narrativas tradicionais e sagradas das culturas clássicas, sem qualquer implicação de que esta ou aquela seja verdadeira ou falsa.

Deuses Principais
Normalmente a lista dos 12 deuses olímpicos principais mais aceita é a abaixo, mas a lista varia um pouco e Héstia e Demetér, por exemplo, aparecem em algumas.

Zeus, deus dos deuses, do céu e do mundo dos vivos, senhor do Olimpo e dos raios;

Hera, esposa de Zeus, deusa do lar, protetora do casamento e do tempo (clima);

Poseídon, deus dos oceanos e mares;

Hades, deus do mundo inferior;

Atena, deusa da guerra justa, da justiça, da sabedoria;

Apolo, deus do Sol, das artes e das profecias;

Ártemis, deusa da luz da lua, da castidade e da caça noturna;

Afrodite, deusa do amor e da beleza;

Ares, deus da guerra;

Hefesto, deus do fogo e da metalurgia;

Hermes, o mensageiro de Zeus, protetor dos ladrões e comerciantes;

Dioníso, deus do teatro, do vinho e das festas.

Deuses menores
Deméter, deusa da agricultura;

Eros, deus do amor;

Héstia, deusa do fogo e da família;

Éolo, deus dos ventos;

Héracles, depois de morto, foi aceito entre os olímpicos tornando-se deus da força.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Muralha da China



A Muralha da China, também denominada de Grande Muralha, corresponde a uma intrigante construção arquitetônica edificada na época da China Imperial com finalidade militar.

A construção da Muralha foi realizada no decorrer de dois milênios, abrangeu muitas dinastias, não é constituída somente por uma estrutura e sim composta por várias muralhas. No início de sua construção a utilização era fundamentalmente militar, hoje representa um dos principais símbolos da China e se consagra como um importante ponto turístico.

A construção da Muralha teve início no ano 220 A.C. e sua conclusão ocorreu somente no século XVI, na dinastia Ming. De acordo com historiadores, para conceber tal monumento foi necessário o uso da mão-de-obra de milhões de pessoas.

Os colonizadores europeus que chegaram ao continente asiático, mais precisamente na China, permaneceram perplexos ao contemplar o elevado grau de desenvolvimento tecnológico inserido nas civilizações da Índia e China, pois se tratava de uma época remota.

Apesar disso, os chineses já dominavam diversos assuntos como a matemática, astronomia, artes, cartografia e possuíam domínio pleno em técnicas de engenharias destinadas à construção de edificações tais como a muralha.

Um dos principais, senão o mais importante, exemplos de aplicação de conhecimentos de engenharia é a Muralha, imensa construção arquitetônica que possui aproximadamente 2.300 quilômetros de extensão, 7,5 metros de altura e 3,75 metros de largura, é considerada como uma das mais fantásticas obras construídas pelo homem, hoje é reconhecida com uma das sete maravilhas do mundo.

O objetivo militar da Muralha da China era de impedir a entrada de tribos nômades oriundas da Mongólia e da Manchúria, essa construção pretendia defender o norte do país contras tais invasores.
Principais portas
Dentre suas passagens mais importantes (關口 simplificado: 关口) destacam-se:
• Porta Shanhai (山海關)
• Porta Juyong (居庸關)
• Porta Niángzi (娘子關)
Curiosidades
• Afirma-se que a Grande Muralha é a única estrutura construída pelo Homem a ser vista da Lua. Isso, porém não é verdade.[2]
• Acredita-se que os trabalhos na muralha ocuparam a mão-de-obra de cerca de um milhão de homens (duzentos e cinqüenta mil teriam perecido durante a sua construção), entre soldados, camponeses e cativos.
• Calcula-se que a Grande Muralha tenha empregado cerca de trezentos milhões de metros cúbicos de material, o suficiente para erguer cento e vinte pirâmides de Quéops ou um muro de dois metros de altura em torno da Linha do Equador.
• A Muralha da China após concurso informal internacional em 2007, foi considerada uma das Novas Sete Maravilhas do Mundo.
• Danny Way, usou a Mega Rampa para saltar sobre a Muralha da China[3] em 2005

Preconceito Racial


Quando falamos em preconceito racial ou étnico na verdade estamos falando de valor, ou seja, todos nós somos seres humanos com valor desta forma colocamos valores, pesos e medidas em tudo e separamos desde a nossa infância o que é certo o que errado o que consideramos bonito e o que consideramos feio e concluímos que tudo faz parte de uma escala, ou seja, classificamos sempre do melhor ao pior.
Para entendermos o que racismo serial importante dar uma pincelada no que é preconceito, que podemos definir de maneira simples como sendo uma atitude negativa, com relação a um grupo ou pessoa em um processo de comparação social.
Desta forma vemos que o preconceito carrega uma carga social já o racismo e baseado na comparação étnica, ou seja, a um grupo étnico se julga superior a outro.
Muitos estudiosos sugerem que o racismo é o processo natural pelo quais as características físicas e culturais de um grupo de pessoas adquirem sua identidade.
Lógico que vemos o racismo com nossos olhos e observando a nossa sociedade e vemos ela acontecer principalmente entre as nossas minorias, ou seja, o índio e o negro, mas devemos tentar enxergar que o racismo não é posição entre o branco o índio o negro, mas um processo que acontece na relação humana que pode acontecer com grupos de fenótipos humanos parecidos, ou seja, o ariano x judeu ou árabe x curdos ou grupos africanos de tribos e povos diferentes.
O maior problema que vejo não é posição de grupos étnicos, mas sim na colocação de valores, ou seja, este grupo é melhor que o outro.
O que nós temos que observar e muito bem em referente à nossa sociedade é que existem formas deste preconceito ser revelado antes de qualquer lei especifica trate do assunto à própria Constituição Federal já trata do assunto no Art. 3° “Constitui objetivos fundamentais da Republica Federativa do Brasil”, inciso IV “Promover o bem de todos, sem preconceito de origem, raça, sexo, cor, idade e qualquer outra forma de descriminação” desta forma o estado brasileiro abomina e rejeita todo e qualquer tipo de preconceito sendo ela racial ou não.
Mas falando mais diretamente o objetivamente sobre racismo onde a vemos acontecer, o que é importante observar é que existe diferença entre injuria racial e preconceito racial isto determinada em forma de lei pelo próprio Código Penal. A injuria racial tem valor subjetivo, ou seja, a vitima ou objeto passivo do crime pode se sentir vitima ou não como conta no Código Penal Artigo 140 caput “Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou decoro”, ou seja, existe a necessidade que a pessoa se sinta ofendida na sua dignidade. Já o preconceito racial é determinado por uma lei especifica a Lei 7.716/89 que define de fato os crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor o que podemos exemplificar nesta lei que difere da injuria racial é que o preconceito acontece de forma explicita e não esta direcionada um indevido em particular, mas sim a uma ou mais raças, etnias, e religiões.
O mais importante que se pode concluir é que nem toda manifestação étnica é preconceituosa ou racial, mas vendo a preocupação do legislador em colocar este tema na Constituição Federal, Código Penal e Lei Especificam que de fato de forma explicita ou implícita a descriminação racial existe.

Cotas para Negros e Índios
Antes de qualquer discussão sobre cotas para negros e índios devemos ver a importância da inserção destes dois grupos na mobilidade social brasileira, ou seja, com estes grupos conseguiram ou não saírem do nível de pobreza econômica no decorrer do tempo. Pesquisas mostram que entre os anos de 1973 e 1996 que a maioria dos brasileiros melhorou de vida, ou seja, teve uma mobilidade social ascendente mesmo que muito pouca isto aconteceu com a maioria, mas o que aconteceu com a minoria? E quem é esta minoria?
Não tiveram nenhuma mobilidade social e se tiveram foi negativa e esta minoria é formada pelos negros e índios, ou seja, o pobre branco mesmo que pouco conseguiu uma será mobilidade econômica e isto aconteceu e acontece de forma continua Gilberto Dimenstein em seu livro Cidadão de Papel coloca “Um jeito de quebrar esse circulo tenebroso é a educação, isto porque uma pessoa instruída pode defender melhor seus direitos e saber quais são suas obrigações”, ou seja, o pai instruído quer que seu filho tenha mais instrução que ele. A educação esta mais que afirmada e confirmada é maior e melhor maneira de acessão social e distribuição de renda e quando falamos de cotas na verdade estamos falando de distribuição de renda.
Já podemos concluir a importância da educação de todos os níveis principalmente a universitária que recai diretamente no trabalho do individuo e principalmente na sua ascensão social, o grande problema seria definir se estes grupos étnicos teriam “privilégios” ou não para ascensão as universidades principalmente as publicas.
Podemos dizer que sim se o nosso conceito levar em conta a tal chamada divida social, ou seja, que o branco enriqueceu e se beneficio com a exploração do negro e do índio. Mas hoje no Brasil miscigenado podemos concluir de fato e em quais parâmetros e separar etnias para vermos quem tem acesso a este beneficio ou não, difícil para não dizer impossível sem sermos injustos ou parciais.
Por isto se discute muito não na cota racial, mas sim na cota social este privilegio ou oportunidade de mobilidade social através dos estudos é importante não só para um grupo étnico especifico, mas sim para todos que não conseguem e são isolados em seus grupos sociais por motivos não históricos, mas sim econômicos.

Fontes

- Constituição Federal
- Código Penal
- Lei 7.716/89
- O Cidadão de Papel – Gilberto Dimenstein
- Mobilidade Social – José Pastore / Nelson do Valle Silva
- Racismo e Preconceito – James M. Jones – Tradução: Dante Moreira Leite